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Chimamanda Adichie defende o feminismo do dia a dia no Roda Viva

  • Foto do escritor: Rebecca Alves
    Rebecca Alves
  • 19 de out. de 2021
  • 2 min de leitura

No programa da TV Cultura, premiada escritora nigeriana afirma que mulheres não precisam ser ativistas para serem feministas


A escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie concedeu uma entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura. Além de comentários sobre seu novo livro, “Notas sobre o luto”, Chimamanda falou sobre sua opinião do que é ser feminista. Como contadora de histórias, usou a própria experiência para ilustrar seu ponto de vista. Para ela, não é necessário ler um livro ou ser ativista para se tornar feminista. Pelo contrário, as maiores inspirações da escritora são as mulheres comuns que se tornam independentes.


Chimamanda apresentou traços da cultura nigeriana como, por exemplo, a ideia do casamento como um prêmio para a mulher, para demonstrar o feminismo do cotidiano. Mulheres que conseguem sair de relacionamentos abusivos, que buscam por autossuficiência e que trabalham e criam seus filhos sozinhas devem ser referências na luta. São elas que estão realmente vivendo o movimento. O ativismo e o debate acadêmico são de suma importância para avançar a causa e, para a escritora, fazem parte do "ecossistema do feminismo". No entanto, muitas vezes o assunto é discutido apenas em universidades e em outros círculos restritos.


Chimamanda enfatiza que, para existir justiça no mundo, todos precisam abraçar o feminismo. Não se trata de tirar direitos de um grupo, mas sim dar direitos a quem não tem. Para ela, o objetivo do movimento é chegar ao ponto no qual o feminismo não será mais necessário: quando as mulheres puderem ser seres humanos completos, tiverem total autonomia sobre seus corpos e não forem julgadas por suas atitudes de forma mais severa do que os homens. Por fim, ela ressalta que não é justo colocar tanta pressão sobre as mulheres para se posicionarem, visto que elas podem não estar prontas para "gritar" o feminismo nas ruas. Para Chimamanda, mulheres não precisam ser ativistas para serem feministas.

Chimamanda Adiche no Roda Viva (foto: reprodução)

 
 
 

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